Juan Guaidó apelou a uma intervenção militar na Venezuela. Pediu, portanto, uma guerra contra o seu povo a somar às graves dificuldades por que passa a população da Pátria de Símon Bolívar. Todos aqueles que, aqui, apoiam Guaidó devem explicar aos nossos conterrâneos radicados naquele país porque apoiam uma intervenção militar na Venezuela que vai trazer ainda mais sofrimento às pessoas.
Maduro é um déspota que não respeita o seu Povo.
Guaidó é um ‘fantoche de Trump’, que pede uma guerra contra o seu Povo.
O BE reafirma que a saída para a Venezuela será a soberania do seu Povo, através de eleições gerais livres e acompanhadas por observadores internacionais idóneos e, sempre, pela via pacífica. Posição muito próxima da que tem sido defendida pela ONU e pelo seu Secretário-Geral, António Guterres, e por sectores da Esquerda venezuelana que rejeitam o golpe de Guaidó e a repressão do Regime de Maduro.
Não nos calamos perante a opressão do Povo por parte de um regime ditatorial como o de Maduro. Não nos calamos perante aqueles que, como Guaidó, pedem uma intervenção militar estrangeira para chacinar e martirizar, ainda mais, um Povo tão sofrido.
Não estamos com Maduro nem com Guaidó. Estamos ao lado dos que pretendem mediar um conflito com vista à sua superação pacífica, que proteja os nossos conterrâneos, e que se possa traduzir numa democratização do regime, com a realização de eleições livres e democráticas.
(Declaração de voto do Grupo Parlamentar do BE sobre "voto de louvor a Juan Guaidó", apresentado pelo CDS na Assembleia Legislativa da Madeira)
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